quinta-feira, 18 de outubro de 2007

EFESIOS 6.10-13

Antes de comentar os versos em pauta, quero esclarecer o meu interesse em me desprender um pouco da ‘armadura de Deus’ citada neste mesmo contexto. Quero falar sobre a preparação do cristão para resistir no dia mal.
Neste texto, Paulo começa aconselhando a igreja de Éfeso, para que se fortalecessem “no Senhor e na força do seu poder”, isto já deixa claro o motivo pelo qual tantos cristãos vivem frustrados, caídos sem nunca se levantar. Só é possível vencer o dia mal se estivermos fortalecidos no Senhor.
Depois me chamou a atenção outro ponto interessante; ‘quando’ é que devemos nos fortalecer? Paulo fala do dia mal que virá, e não de um dia já presente. Se o dia mal está no amanhã, o dia de se fortalecer é hoje! O apóstolo não diz que existe a possibilidade de virem dias maus, ele simplesmente diz que aqueles cristãos deveriam estar prontos para quando eles viessem. DIAS MAUS VIRÃO, e não devemos deixar para se preparar quando eles já estiverem ás portas, e nem depois que passarem, mas antes que eles venham.
Faz-me lembrar a parábola das dez virgens, onde cinco eram chamadas “prudentes” e cinco, “loucas”. As prudentes tinham azeite sobrando de seu ponto de vista, isto é sabiam que poderia até lhes sobrar, mas queriam estar preparadas para imprevistos, enquanto as loucas tinham apenas o azeite que achavam ser necessário, nada a mais.
Na individualidade, o dia mal é aquele em que perdemos alguém que amamos, ou sofremos ataques do inimigo que nos acusa pelos erros cometidos. São tempos de incompreensão, em que nem os amigos mais solidários podem nos confortar de nossas tristezas. Quando a doença nos acomete e as pessoas se afastam, estamos em dias maus.
Levando-se em consideração que ninguém, absolutamente ninguém estará ao nosso lado para nos ajudar (como foi o caso de Jó em seu dia mal, nenhum amigo lhe consolou, e as virgens do livro de Mateus, não tiveram auxílio na sua falta de azeite.) chegamos a seguinte conclusão: devemos buscar a Deus enquanto se pode achar e invocá-lo enquanto está perto. As virgens prudentes usaram o azeite que já estava guardado, e isto nos ensina que o dia mal não é o tempo ideal para buscar abastecimento espiritual, mas para utilizar-se do que se tem de sobra.
Só vencem os dias maus as pessoas que se preparam nos dias onde existe fartura de força.
Podemos tomar como exemplo, a história de nosso irmão José, pois o mesmo foi usado por Deus para aconselhar a Faraó, quando teve um sonho no qual sete vacas magras devoravam sete vacas gordas e nem assim mudavam de aparência. O servo de Deus entendeu que viriam à partir dali sete anos de fartura e sete anos de miséria, e o que foi que ele fez? Aconselhou ao rei que ajuntasse mantimentos durante todos os anos de fartura para que pudessem estar abastecidos de comida nos anos de miséria.
Ao reinos que não administraram bem seus sete anos de fartura só restou implorar alimento ao governador do Egito. Isto é o que acontece em nossos dias. Há pessoas que quando estão em bons dias, onde há amizades, alegria e disposição, não se lembram de buscar ao Senhor, antes perdem tempo com pessoas que não poderão estender-lhes a mão mais tarde, com coisas que não lhe acrescentarão a unção de Deus e assim perdem um tempo precioso. Seus celeiros espirituais continuam vazios, Seus vasos talvez até tenha azeite (a presença do Espírito de Deus), mas nunca o suficiente para um tempo de escassez espiritual. Quem busca mais de Deus, tem mais de Deus.
Estes que não buscam a Deus em tempo oportuno, sempre se vêem como as demais nações, famintos espiritualmente buscando com um e outro irmão azeite, alimento, mas infelizmente, muitas vezes não se torna possível dividir aquilo que foi guardado.
A pergunta que encerra a nossa breve meditação é: como estar preparado?
Quando o Senhor me deu esta palavra, num sábado pela manhã, me veio junto com ela como um fundo musical uma música de Armando Filho:

De todas as provas que eu já passei
É tão difícil Senhor
Agente ás vezes ouvir acusações do vil tentador
Lembranças do passado vêm
E querem me fazer parar
Ou mesmo palavras de alguém
Que não quer na gente acreditar
E quase parando sem forças e vigor
Agente lê a Palavra
E encontra bastante poder pra vencer
E continuar a jornada
E vê que o passado ficou pra trás
Pois Cristo na cruz tudo já venceu
E saber que dele não lembra mais
Eu canto pra glória de Deus

Nenhuma condenação há
Para quem está em ti Jesus
Cuja vida coberta está pelo sangue que verteu na cruz
É certo que provas virão
E investidas do vil tentador mas nenhuma condenação há,
Para quem está em ti, querido Senhor.

Quero que entendam, a minha intenção aqui é apenas mostrar um caminho que me foi revelado pela Palavra para vencer as dificuldades que enfrentamos e das quais muitas vezes somos vitimizados.
O compositor deste louvor com certeza estava num dia mal, se não, narrou com perfeição, a criatura diante da provação e na dependência completa do seu criador. Ao meditar na letra deste hino, podemos visualizar o retrato do cristão diante da sua incapacidade de salvar-se de seus próprios pecados e depois o refúgio que encontra na Palavra que diz: “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito”.
Esta música é de início um desabafo com Deus, e depois um consolo para aqueles que se encontram fracos na fé.

Para finalizar, tudo o que precisamos para vencer está na Palavra de Deus, então vamos parar de buscar alimento alheio, azeite alheio, e força alheia pois o Senhor quer nos despertar apara uma vida cheia de vitórias em nome de Jesus.

Luis Paulo Silva, vosso irmão em Cristo.

Um comentário:

Unknown disse...

esta palavra,edeficou a minha vida,e vou usa-la para edificar outras .